sexta-feira, 1 de agosto de 2008

CS: Quantos anos mais de vida?

A anunciada “morte“ do jogo mais popular do planeta já foi profetizada por enormes multidões de leigos no assunto e também por supostos profissionais do comentário, vulgarmente conhecidos como “analistas”. Enquanto que uns apresentam apenas palpites para tentarem acertar com o momento em que as grandes competições vão deixar de apostar no Counter-Strike, os outros baseiam-se em raciocínios lógicos e verdades imutáveis. Provavelmente também em outros fatores igualmente importantes como a leitura de folhas de chá e o vôo das aves, pois até ver nenhum ainda conseguiu prever o futuro e o momento em que poderão escrever o obituário do CS.


O que é certo é que por mais que o tentem enterrar, o CS volta sempre a aparecer. Por mais que lhe metam o pé em cima da cabeça e o tentem afogar, ele volta sempre à tona. Na verdade, é um chato do caraças! Parece daquelas pessoas de idade acamadas que fecham os olhos, e toda a gente se benze, apenas para os abrirem outra vez e pedirem uns bons bifes para o almoço. Goste-se ou não do jogo, todas as tentativas que foram feitas até hoje para impor outros jogos como cabeça de cartaz nas grandes competições, algumas até desesperadamente, falharam redondamente.

A mais célebre de todas deverá ter sido o World Cyber Games de 2005, em que a organização do evento patrocinado pela Samsung apostou claramente no Counter-Strike:Source. As queixas foram tantas que em 2006 o World Cyber Games anunciava como estrela do evento … o velhinho Counter-Strike, para gáudio de muitos.

Mas será que vamos ter todos 60 anos e andar a discutir se foi flash bug ou defuse silencioso, embora os netos apresentem já alta skill com a awp nas unhas? E será que ainda vão aparecer mais “Júdice dos pobres” a tentar inventar nas táticas o que já foi mais que inventado?

A resposta mais provável é: não. Tudo tem um fim e o fim do Counter-Strike terá de ocorrer. Seja por pressão das grandes marcas de hardware, pela pressão das cadeias de televisão, pela pressão de uma nova geração de jogadores que está a crescer e que acha mais apelativo jogar jogos com gráficos extraordinários, ou pura e simplesmente porque a Valve achou um método mais rentável de fazer dinheiro.

Embora o Counter-Strike:Source tenha sido encarado como o mais provável substituto do CS, a verdade é que é um jogo bem diferente. Melhor ou pior, as opiniões são relativas, mas constata-se que a tentativa da Valve de eventualmente substituir um pelo outro, acabou por lhes proporcionar duas fontes de rendimento magníficas pois cada um tem o seu público.

Mas engane-se quem pensar que os outros jogos atuais não são ameaça para o CS num curto espaço de tempo. Jogos como o Call of Duty 4 têm vindo a conquistar o público e por vezes basta apenas a organização de um grande evento dar o pontapé de saída, o resultado ser bom (dinheiro, sempre o dinheiro), e muito provavelmente os outros irão atrás. Já para não falar da heroína dos eSports que arrasa famílias felizes de FPS, o WoW da muito sagaz, poderosa e eficiente Blizzard, e o modo de competição PvP.

E agora fazendo um pouco de futurologia, o CS vai definhar lentamente e morrer quando sair uma versão nova de um jogo do tipo Counter-Strike apadrinhada pela Valve. Chamem-lhe CS 3, CSS 2, Promod 45 ou outra coisa qualquer, quando este jogo sair vai agregar todos os jogadores de CS e CSS num só jogo. Agora já no domínio do puro palpite, quem vai dominar este novo jogo serão os jogadores de CS e não os de CSS.

Até lá parece-me que todos vamos ter de “gramar” o Counter-Strike com todos os seus problemas e defeitos, mas sempre com uma emoção enorme em cada encontro.

Source: eSportsPlanet

fonte: http://www.axesgaming.gnx.com.br/css/index.php?action=ver&id=239

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